O sedentário,
Coitado!
De sede
Quase morreu.
Mesmo com sede
O preguiçoso
Parado
Permaneceu.
Muita preguiça.
Falta de empenho.
Das próprias pernas
Ele esqueceu.
Mas que sorte,
Que este ocioso tem:
O telhado quebrara
E à tarde choveu.
Com a chuva,
A sede matou.
Mas numa bela gripe,
O coitado se meteu.
Das pernas lembrou-se,
E quis da chuva sair.
Fez força e desajeitado,
A perna mexeu.
Envergonhado estava
Da sua atual situação.
Não ser mais ocioso,
Foi o que a si prometeu.
Fabiano Favretto
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