Certa manhã.
Certa manhã após meu curso de inglês, passei pela praça da matriz da cidade. Sentei um pouco no banco e comecei a lembrar de momentos que vivi em minha infância. O dia havia amanhecido ensolarado. Então resolvi tomar um sorvete, fui até a banquinha antiga de sorvetes que fica na outra extremidade da praça, em baixo de grandes arvores que fazem uma sombra fresquinha em dias de grande calor. Cheguei e pedi um sorvete, a moça da banquinha me perguntou se eu gostaria de um sorvete de máquina ou de bola, nesta hora eu sorri.
Os sorvetes de máquina marcaram minha infância, meu pai sempre que íamos passear, comprava desses sorvetes de maquina para mim, o qual eu chamava de sorvete de rosquinha. Não exitei e pedi um sorvete sabor abacaxi de máquina. A filhinha da moça da banquinha, deveria ter por volta de uns 5 anos de idade me olhou bem séria e falou:
- Eca, esse sorvete não tem gosto de nada, parece suco gelado, compra outro moça.
A moça olhou com cara de severa e repreendeu a filha, mas eu disse que não precisava se zangar com a menina e sorri. Mantive meu pedido, agradeci e sai. Caminhando, imaginei aquela mesma menininha, já adulta, com a minha idade, indo até a mesma banquinha para comprar sorvete, e uma atendente oferecendo o sorvete de bola que ela mais gosta... E talvez outra criança vai dizer que aquele sorvete não tem gosto nenhum, e talvez ela também mantenha seu pedido, não vai ser culpa dela, assim como não me zanguei com o que a menininha disse, as geração vão passando, e quando a gente se torna adulto muitas vezes não importa o sabor, mas o sentimento e a nostalgia do momento. Foi o melhor sorvete que tomei depois de muitos anos, ele pode ate ser aguado e sem gosto para muitos, mas para mim tem gosto doce e a lembrança linda da minha infância.
Giane Favretto
Muito bom, Gi! E obrigada por deixar eu postar seu texto aqui :P
Beijos :*
*-* aehhh o/
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