O canário
Na gaiola preso
Canta sua sonata de dor.
Instigam-no
À medida do tempo
Esquecer o seu amor.
Nas grades frias
De uma gaiola enferrujada
Sofre a ave de frieza.
Gorjeando queria
Que aquela quem amava
Viesse tirar-lhe a tristeza.
Não há mais notas
Para melodias felizes
Nem para o pio n'alvorada
Não há mais nenhuma rota,
Mas sim cicatrizes
E a esperança no peito guardada.
Fabiano Favretto
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