És o poema mais triste
Que eu já escrevi,
Com versos que vivi,
Com os "nãos" que me rimastes.
És dor e ilusão,
Onde nas estrofes invento,
Lágrimas, ao sabor do vento
E maldita solidão.
És a métrica do absurdo
Onde mora a palavra mortal,
Que dita sempre em múrmúrio
Rasga o silêncio fatal
De um olvido surdo
Entregue à todo o mal.
Fabiano Favretto
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