Semente de saudade plantada
Na terra do peito irrigada:
É saudade que germina,
A saudade vira muda.
Quem me dera, quem me dera
Colher os frutos, quem me dera!
Desta árvore que tanto cresce,
E na primavera me floresce.
Saudade cada vez mais forte,
Saudade é quase igual a morte.
Folhas da saudade ao vento balançam,
E na sombra d'ela pássaros cantam.
Saudade enraizada,
Em meu coração é eternizada.
Torço que neste frio inverno
Ela seque, me tirando do inferno.
Saudade, saudade que reina,
Se ela seca, sei que queima
Na lareira de um novo amor,
E devolve para mim meu calor.
Mas saudade, sua madeira é muralha,
Que sempre me atrapalha
E me priva de poder enxergar
Aquela que poderia me mudar...
Fabiano Favretto
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