Quem em sua beleza dourada
Esconde os segredos do vento,
E os mistérios da terra e da garoa?
És pequena semente plantada,
Jamais deixada ao alento.
Também alimenta quem voa.
É mar de jade em juventude,
Onde no horizonte faz linha
Buscando as nuvens mais altas!
Em sua sazonal magnitude
És o prefácio da farinha,
Que seu valor ainda mais exalta.
Labirinto para os pequenos,
É cama e lar para quem a deseja
E quem em ti podem ver a calma.
O teu sibilo de vento eterno
É a liberdade que o homem almeja
Para entender sua própria alma.
É tu sob as estrelas,
Da Terra a parte mais nobre
Onde até a Lua a ti faz saldação:
É das riquezas amarelas
A que chega às mãos pobres:
Da fome é a redenção.
Fabiano Favretto
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