quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Vultos

Estou sozinho no mundo
Assim como quando nasci,
E o poço pode ir mais fundo:
Disso não me esqueci.

As faltas se acumulam
E os dias são tão mais curtos
Como as chuvas que vão e voltam
Estou a ver vultos e vultos.

Qual domingo que me mata,
Numa cidade que acha que não cresceu,
A saudade não é mais tão pacata

Devido a um amor que nasceu
Para tirar-me o ódio, coisa sensata,
E a falta dela em mim não morreu.
Fabiano Favretto

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