Tuas mãos são pontes que atravessam rios,
Ligando margens silenciosas de matéria etérea,
Mas que distantes, encaixadas em outras eras
Mostram quanto um universo não deve ficar vazio.
Teus olhos são poços d'água mais pura,
Mas tão profundos que o vítreo se torna castanho.
Nestes olhos, vejo um sentimento tamanho:
Há um quê de muro, e em suma, doçura.
Do abraço que senti, como uma fusão de supernovas,
Mil sóis se abriram de repente em meu peito.
Girassóis também floresceram à toda prova,
Mostrando que constelações podem ser meu leito.
Sentindo toda as explosões cósmicas de teu beijo,
Posso dizer estar feliz nas nuvens quando me deito.
Fabiano Favretto
Multiverso
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