Vivo eternamente no passado
Dos dias que um dia virão,
E mesmo assim despreocupado
Sinto que não piso no chão.
Pulo semanas em uma tarde,
Chega a noite e se foi o verão.
Um ano passa como se não
Fosse eu um covarde:
O tempo mesmo não se importa
Com todo esse desafinado alarde
Da vida involuntariamente torta
E que ruidosamente tem esse efeito
Nas engrenagens velhas
Do carrilhão do meu peito.
Fabiano Favretto
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