Todo poeta deveria ser
Monstro de Frankenstein.
Mas de um jeito diferente:
Ter olhos de Drummond,
As mãos de Bilac;
Ter a boca de Pessoa,
E estômago de Augusto dos Anjos;
Ter o nariz de algum poeta
Alemão já esquecido,
E um braço de outro poeta
Que ainda nascerá.
Ter os ouvidos de Cecília Meireles
Seria perfeito!
Mas o peito,
O peito do poeta
Deve ser aberto
E anônimo.
Fabiano Favretto
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