O mundo não vale o peso do mundo!
Há tanto sangue derramado
Tanta luta vã - de tanto lado errado
Que do poço não vejo chegar o fundo.
Minhas mãos estão ressecadas
Como galhos de árvores no inverno.
Meu peito tem um barulho eterno
De guerras diariamente travadas.
O mundo não vale o mundo
E nem sei porque mais me preocupo.
A mim mesmo, sim, a mim culpo
Mas não tanto lá no fundo.
O mundo não se vale, meu Deus!
Porque eu tanto nisso me atenho?
Queria tando do mundo ter desdenho
Ao passo que assim mato sonhos meus.
Fabiano Favretto
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