Tudo o que toca,
Em merda há de transformar.
Por onde passa,
Bosta haverá de deixar.
O Midas reverso
Não é rei, mas governa
De modo perverso
Esta pobre terra.
Não possui orelhas de burro,
E nem por isso deixa a desejar:
Cada frase é um zurro,
Cada fala é de envergonhar.
Seus filhos, coprólitos,
Foram cagados à imagem e semelhança do pai,
Como se fossem esculpidos
Pelas mãos deste ser que se decompondo vai!
A composição do excrementíssimo, vejam,
É a mesma do resultado de seu tato:
Tanto por dentro quanto por fora se mostram
A carência de limpeza, e a sujidade de seus atos.
Mas no entanto, podemos encontrar alguma utilidade
Para este ser de tamanha merdança:
Se o deixarmos a sete palmos, com sorte e vontade,
Poderemos adubar alguma esperança.
Fabiano Favretto
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