Na poltrona,
Num canto afastado
No Secos e Molhados,Sozinho eu espero
O som da campainha.
Ela toca,
Eu levanto e me junto à mesa.
Dez lugares, eu,
Um sofá,
Duas poltronas.
Devagar, meu reino afastado
É invadido por clientes
Enquanto me ocupo em dar cabo
De um pão com bolinho.
Vejo meu mundo antissocial desabar
A cada pessoa a sentar nas poltronas e sofá.
Acabo minha refeição
E nada mais me resta
Além de um vazio
Que certamente não é fome.
Pago a conta,
E vou em direção ao carro
Que possivelmente
Me esperou sozinho
Sem muito entusiasmo.
Fabiano Favretto
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