A estranheza que me ocorre
É do silêncio e espaços liminares.
Procuro seu latido e não o ouço;
Olho através da janela e não o vejo.
De vez em quando fecho os olhos
E sinto que estará ali,
Latindo no portão ao retornar da rua.
Foi o último laço que sobrara do vovô.
Sei que dele não teve afeto,
Mas de mim o teve muito.
Lembro quando mordeu meu braço,
Fiquei triste, mas sei que você sentia medo,
A cicatriz ficou, você não.
Era incompreendido pela maioria,
Mas era doce, engraçado e
Principalmente esfomeado.
Espero que tenha encontrado
O Chocolate no céu dos cães,
E que rodopie e corra de alegria,
Coma e pule entre as nuvens
Em uma eterna plenitude canina.
Fabiano Favretto
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